Doenças em elasmobrânquios

A maioria de nós, somos veterinários de animais domésticos e alguns de animais exóticos, mas poucos temos presentes aos animais selvagens em nossa condição de veterinários quando em realidade eles são a essência do reino animal. Artigos como o seguinte sobre tubarões e raias são exemplos que tentam mudar esta visão e lembrar a nossa profissão.

Neste trabalho os autores revisam casos de doença em 1546 elasmobrânquios representando 60 espécies diferentes de tubarões e raias. O resultado do trabalho revela que os processos infecciosos e inflamatórios, seguidos pelos transtornos nutricionais, traumáticos, cardiovasculares e tóxicos são as patologias mais frequentes em elasmobrânquios. As infecções bacterianas costumam manifestar-se em forma de septicemia, dermatite, inflamação de brânquias e enterite e, de forma semelhante, as infecções micóticas, que ademais produzem hepatite. Papilomavirus, herpesvirus e adenovirus encontram-se entre as doenças virais mais habituais. As parasitoses estão representadas por casos de nematodiose, infecções por ciliados, trematodiose, coccideose, mixozoanose, amebíase, cestoidiose e infecções por flagelados. Processos infecciosos de etiologia desconhecida incluem casos de enterite, inflamação de brânquias, encefalite, dermatite e pancreatite. Finalmente, as intoxicações mais habituais correspondem a casos de “toxic gill disease”, embolia gasosa, e pontualmente associadas a fenbendazole, amoníaco, cloro e cloramina. Dependendo do processo, algumas espécies estão sobre-representadas.

A retrospective study of disease in elasmobranchs. Garner MM. Vet Pathol. 2013 50(3):377-389

Archivo

logo web journal